O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou esta terça-feira que os rebeldes iemenitas hutis capitularam e que os bombardeamentos dos Estados Unidos no Iémen vão cessar de imediato.
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"Os hutis anunciaram (...) que não querem lutar mais. Simplesmente não querem lutar. E nós honraremos isso. Vamos parar os bombardeamentos. Eles renderam-se", afirmou Trump, na Sala Oval da Casa Branca, ao lado do novo primeiro-ministro canadiano, Mark Carney.
Segundo o presidente norte-americano, os hutis “dizem que não vão explodir mais navios”, acrescentando que a informação é proveniente de uma "fonte muito, muito boa" e que esse era o objetivo de Washington.
As declarações do Presidente norte-americano surgem no dia em que o Exército israelita bombardeou o aeroporto e centrais elétricas na região de Sanaa, capital do Iémen, em resposta aos ataques dos hutis contra Israel.
Os Estados Unidos destacaram uma força para a região, com o objetivo de neutralizar os ataques dos rebeldes xiitas apoiados pelo Irão contra a navegação comercial no mar Vermelho e golfo de Aden.
O grupo iemenita, que controla grandes áreas do Iémen incluindo a capital, alega que cerca de dez ataques norte-americanos visaram Sanaa antes do amanhecer de segunda-feira. Aeronaves israelitas também bombardearam esta terça-feira as infraestruturas controladas pelos hutis pelo segundo dia consecutivo, dois dias depois de os rebeldes terem lançado um ataque com mísseis ao principal aeroporto internacional de Israel, em Telavive.
Os meios de comunicação social afetos aos hutis indicaram que pelo menos três pessoas foram mortas e 38 ficaram feridas nestes ataques. Um funcionário do aeroporto de Sanaa disse à agência France-Presse que a infraestrutura ficou "completamente destruída" e três dos sete aviões pertencentes à companhia aérea nacional iemenita ficaram inutilizados.
O Pentágono anunciou no final de abril que atingiu mil alvos ligados aos hutis no Iémen desde 15 de março, matando vários combatentes e líderes rebeldes. O conflito tem como pano de fundo a guerra na Faixa de Gaza, entre Israel e o grupo islamita Hamas, com os Huthis a justificar os ataques com o apoio ao aliado palestiniano.