O Presidente dos Estados Unidos anunciou o levantamento das sanções à Síria, horas antes de reunir com o chefe de Estado sírio, Ahmad al-Sharaa, e após conversações com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman.
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"Depois de discutir a situação na Síria com o príncipe herdeiro e com o Presidente turco [Recep Tayyip] Erdogan, que me pediu no outro dia algo muito semelhante, e que são meus amigos que respeitam muito o Médio Oriente, vou levantar as sanções contra a Síria", anunciou Trump.
Durante uma intervenção na Arábia Saudita, na primeira paragem numa deslocação de quatro dias no Médio Oriente, Trump afirmou que as sanções contra a Síria "foram devastadoras", embora tenham desempenhado "um papel importante".
O líder norte-americano considerou ser o momento de a Síria "brilhar", depois da queda do regime do ex-presidente Bashar al-Assad, em dezembro passado, sendo por isso importante retirar as sanções que tinham sido impostas.
"Acredito que isto trará paz ao povo", disse Trump sobre o levantamento destas sanções, acrescentando esperar, que com um novo Governo, o país "consiga estabilizar". Até agora, os EUA tinham estado a avaliar a melhor forma de lidar com Al-Sharaa desde que este assumiu o poder, em dezembro.
Os líderes da região do Golfo uniram-se em apoio ao novo Governo de Damasco e querem o apoio de Trump, acreditando que os Estados Unidos podem ser a melhor forma de evitar o regresso da influência do Irão na Síria.
O ministro dos Negócios Estrangeiros sírio afirmou que a decisão era um "ponto de viragem decisivo" para a Síria. Asaad al-Shaibani congratulou-se com o anúncio feito por Donald Trump, em Riade, e disse ter surgido numa altura em que a Síria caminha "para um futuro de estabilidade, autossuficiência e reconstrução genuína, depois de anos de guerra destrutiva", de acordo com agência de notícias oficial síria Sana.