O presidente dos Estados Unidos anunciou esta quinta-feira que viaja "em breve" para o Egito para assinar oficialmente o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, sem avançar uma data concreta.
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"Vamos ao Egito, onde teremos uma assinatura. Já houve uma assinatura preliminar, mas teremos uma assinatura oficial", disse Donald Trump durante uma reunião do gabinete na Casa Branca.
O líder norte-americano indicou que todos os reféns detidos pelo movimento islamita palestiniano Hamas serão libertados "na segunda ou terça-feira", no âmbito da aplicação do plano de paz mediado por Washington.
"Terminámos a guerra em Gaza e, de uma forma mais ampla, criámos a paz. Acredito que será uma paz duradoura, talvez eterna, para o Médio Oriente", comentou Trump.
O presidente dos Estados Unidos agradeceu a colaboração de vários países no avanço do acordo, incluindo o Qatar, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, a Turquia e a Indonésia.
O plano de paz apresentado por Trump prevê a suspensão da ofensiva israelita, a libertação de todos os reféns em troca de milhares de prisioneiros palestinianos e a retirada gradual das tropas israelitas da Faixa de Gaza.
O Governo israelita deverá reunir-se ainda hoje para ratificar formalmente o acordo, cuja execução começará com a retirada militar nas primeiras 24 horas e a libertação de reféns e prisioneiros nas 72 horas seguintes.
Na quarta-feira à noite, Israel e Hamas anunciaram um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Esta primeira fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada "linha amarela" demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.950 presos palestinianos.
O cessar-fogo visa por fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, nos quais morreram cerca 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.
A retaliação de Israel já causou mais de 67 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), considerados credíveis pela ONU.