
Zelensky (à esquerda) e Donald Trump (à direita)
Foto: Joe Raedle / Getty Images / AFP
O presidente dos EUA disse, este domingo, que foram feitos "numerosos progressos" para "acabar com a guerra" entre a Ucrânia e a Rússia na reunião com o homólogo ucraniano na sua residência de férias na Florida.
"Estamos cada vez mais perto, talvez até muito perto" de um acordo sobre o Donbass, acrescentou Donald Trump numa conferência de imprensa.
Um novo encontro nos EUA com o presidente ucraniano, mas também com dirigentes europeus, está previsto para janeiro, declarou, por sua vez, Volodymyr Zelensky.
No encontro deste domingo com o homólogo norte-americano, Zelensky procurava a aprovação de Donald Trump para uma nova versão do plano de paz para a Ucrânia, apresentado por Washington há quase um mês.
O presidente ucraniano apresentou esta semana a nova versão do documento, reformulada após duras negociações exigidas por Kiev, que considerou a primeira versão muito próxima das exigências russas.
O novo documento abandona duas exigências fundamentais do Kremlin: a retirada das tropas ucranianas da região de Donetsk, que faz parte de Donbass, e um compromisso juridicamente vinculativo da Ucrânia de não aderir à NATO.
Trump afirmou que, apesar dos "numerosos progressos" alcançados na reunião deste domingo, continuam "um ou dois assuntos muito espinhosos para tratar".
"Tratámos 95% das questões, embora não goste de falar de percentagens", referiu o Presidente norte-americano aos jornalistas, após o encontro de duas horas com Zelensky.
Durante o encontro foi feita uma videochamada para os principais líderes europeus, a começar pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Na rede social X, Ursula von der Leyen realçou o "bom progresso" nas negociações de paz e que "a Europa está pronta para continuar a trabalhar com a Ucrânia e os parceiros americanos para consolidar este progresso".
"Fundamental para este esforço é termos garantias de segurança inabaláveis desde o primeiro dia", frisou.
Trump acrescentou que as conclusões das negociações sobre um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, em guerra há quase quatro anos depois de as tropas terem invadido território ucraniano, poderão ser conhecidas dentro de "algumas semanas".
Questionado sobre uma eventual visita à Ucrânia, o presidente dos EUA não descartou essa possibilidade, declarando que "propôs falar perante o Parlamento" ucraniano.
