Donald Trump diz que já ganhou, acusando os democratas de estarem a tentar "roubar" as eleições. Promete recorrer ao Supremo Tribunal.
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"Vamos recorrer para o Supremo Tribunal e tentar parar a contagem de votos", disse Trump, numa declaração na Casa Branca. O candidato republicano gabou-se de estar à frente em muitos Estados, constatando que a eleição já está ganha para os republicanos, mas que os democratas estão a tentar "roubar" a vitória, através do lançamento de votos já depois do fecho das urnas.
"Na verdade, já ganhámos estas eleições", disse Trump, mencionando números sobre a vantagem da sua candidatura em vários Estados (Carolina do Norte, Pensilvânia, Michigan, Wisconsin) e o facto de ter vencido alguns estados importantes (Texas, Florida). "Infelizmente, algumas pessoas querem estragar estas eleições. Não o vamos permitir", disse Trump, referindo-se ao facto de ainda faltar a contagem de votos que foram lançados, na sua perspetiva, "fora de prazo".
"Estamos a ganhar tudo. Os resultados são fenomenais. Devíamos estar a ir lá para fora para celebrar", acrescentou Trump. "Mas... de repente... o que aconteceu?! Sabem o que aconteceu: eles sabem que não conseguem ganhar e querem ir para os tribunais", explicou o Presidente republicano, sem dar pormenores sobre esta denúncia.
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"Não vamos deixar que votos colocados às quatro da manhã ainda sejam contados", garantiu Trump, dizendo que vai levar esta questão ao Supremo Tribunal, ameaçando paralisar o processo eleitoral.
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Horas antes, numa mensagem na sua conta pessoal de Twitter, que foi escondida por ter informação que a empresa que gere aquela rede social considerou inapropriada por não ter sustentação, Trump acusou os democratas de estarem a tentar "roubar a eleição", alegando que "não se podem lançar votos depois do fecho das urnas".
Na declaração na Casa Branca, disse que "estas eleições são uma fraude" e que são "um embaraço para o país".
"Na Florida, ganhámos por uma tremenda margem! (...) Na Pensilvânia, estamos à frente por 690 mil votos", referiu Trump, mencionando dois estados considerados fundamentais para determinar quem é o próximo Presidente.
Trump admitiu que o rival democrata, Joe Biden, pode estar à frente no Arizona, mas disse que a sua candidatura tem ainda hipóteses de vencer nesse estado tradicionalmente conservador.