O presidente norte-americano congratulou-se com os "progressos espetaculares" garantidos nas relações com a China, no segundo dia da cimeira com o homólogo chinês Xi Jinping, que decorre na sua propriedade na Florida.
Corpo do artigo
"Realizamos progressos espetaculares na nossa relação com a China", declarou Donald Trump, sem mais precisões.
"Penso verdadeiramente que foram feitos progressos", reafirmou na sua residência de Mar-a-Lago, definindo de "espetacular" a relação Washington-Pequim.
Os dois dirigentes esperam alcançar acordos comerciais, e desde quinta-feira que transmitem publicamente uma imagem de cordialidade, após meses de turbulência assinalados por um virulento discurso de Donald Trump, que acusou designadamente a China de "violar" a economia norte-americana.
Donald Trump suavizou o seu discurso face a Pequim desde a sua eleição em novembro.
O complexo dossiê do programa nuclear norte-coreano deverá também constar da agenda das discussões. No entanto, a Síria foi tema obrigatório na primeira cimeira entre os dirigentes das duas primeiras potências económicas mundiais, na sequência do ataque ordenado por Trump na noite de quinta-feira.
5778133
A reação de Xi Jinping permanece desconhecida, mas esta sexta-feira a China apelou à calma no decurso da conferência de imprensa diária do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Na noite de quinta-feira e durante de um jantar de gala que decorreu pouco antes do anúncio do ataque contra uma base aérea síria por mísseis norte-americanos, Trump mostrou-se descontraído com o seu convidado, prometendo "uma relação muito, muito boa a longo prazo", e arriscando mesmo uma piada.
"Mantivemos uma boa discussão e até ao momento não obtive nada, absolutamente nada, mas garantimos uma amizade", declarou o multimilionário, suscitando risos na sala.
O presidente dos EUA e a primeira-dama receberam Xi Jinping e a sua mulher Peng Liyuan na sua luxuosa residência privada na Florida. Os netos de Donald Trump acolheram-nos cantando "Flor de Jasmim", uma melodia tradicional chinesa frequentemente entoada nos grandes acontecimentos na China, e recitaram poesias, referiu a agência noticiosa Nova China.
O presidente chinês convidou ainda Donald Trump a deslocar-se à China no final de 2017 para uma visita de Estado, uma sugestão que foi aceite segundo a mesma agência.