O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participa no início de dezembro na cimeira da NATO, em Londres, onde deverá voltar a insistir com os restantes Estados-membros para que aumentem os seus gastos em defesa.
Corpo do artigo
A participação do chefe de Estado na reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) em Londres, entre 03 e 04 de dezembro, foi hoje confirmada em comunicado pela Casa Branca, segundo a qual Trump e a mulher, Melania, serão também recebidos pela Rainha, Isabel II, no palácio de Buckingham.
"O Presidente Trump está pronto para se reunir com os outros chefes de Estado e de Governo da NATO para rever o progresso sem precedentes face à repartição de encargos, incluindo a adição de mais de 100 mil milhões de dólares (90 mil milhões de euros) em novos gastos de defesa desde 2016", pode ler-se no comunicado da Casa Branca.
Trump, que se reuniu esta semana com o secretário-geral da NATO em Washington, apela há anos aos Estados-membros da organização internacional para que reduzam a sua dependência dos EUA em segurança e defesa, argumentando que o país gasta demasiado dinheiro na organização.
"Estamos a fazer progressos reais", disse Stoltenberg na quinta-feira, numa entrevista à agência Associated Press.
"Antes os aliados faziam cortes nos orçamentos da defesa. Agora estão a acrescentar milhares de milhões aos seus orçamentos", afirmou o secretário-geral, acrescentando que, "até ao final do ano, os aliados da NATO na Europa e no Canadá terão acrescentado 100 mil milhões de dólares ou mesmo mais do que 100 mil milhões de dólares em gastos em defesa", relativamente a 2016.
Segundo o comunicado da Casa Branca, Trump também sublinhará em Londres "a necessidade de a NATO assegurar a sua preparação para as ameaças do futuro, nomeadamente as provenientes do ciberespaço, as que afetam as infraestruturas fundamentais e as redes de comunicação e as que coloca o terrorismo".
A visita de Donald Trump ao Reino Unido ocorre em plena campanha para as legislativas antecipadas de 12 de dezembro no país, em que a questão do 'Brexit' é preponderante.
Trump já manifestou no passado o seu apoio ao primeiro-ministro britânico, o conservador Boris Johnson, a quem prometeu um "magnífico" acordo comercial após a saída da União Europeia, embora mais recentemente se tenha mostrado mais reservado sobre o acordo de divórcio negociado entre Londres e Bruxelas.
Já no início de junho o Presidente norte-americano se deslocara a Londres numa fase crucial da política britânica, pouco antes da demissão da primeira-ministra Theresa May, que Trump criticara nos meses anteriores.