Trump recua e ameaça Rússia com sanções financeiras e tarifas por ataques à Ucrânia
O presidente americano, Donald Trump, ameaçou esta sexta-feira a Rússia com novas sanções e tarifas pelos bombardeamentos na Ucrânia, após ter ordenado, há dias, a suspensão da ajuda a Kiev.
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"Com base no facto de a Rússia estar a atacar fortemente a Ucrânia neste exato momento, estou a pensar seriamente aplicar sanções financeiras e tarifas em larga escala à Rússia até que um cessar-fogo e um acordo definitivo de paz sejam alcançados", escreveu o chefe de Estado na "Truth Social".
“À Rússia e à Ucrânia: venham já para a mesa das negociações, antes que seja demasiado tarde”, concluiu.
A publicação foi feita no momento em que Trump enfrenta críticas por aumentar a pressão sobre a Ucrânia para chegar a um acordo, ao mesmo tempo em que minimiza ou até nega a responsabilidade da Rússia por iniciar a guerra com a invasão lançada há três anos.
Hoje, a Rússia lançou um forte ataque com drones e mísseis contra infraestruturas energéticas da Ucrânia, cujo presidente, Volodymyr Zelensky, voltou a apelar a uma trégua no ar e no mar.
Durante este “ataque combinado”, a Ucrânia foi alvo de pelo menos 58 mísseis e 194 drones russos, segundo o exército ucraniano.
Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos ordenou uma pausa na ajuda militar norte-americana à Ucrânia, após a altercação com Zelensky quatro dias antes.
Trump fez também uma aproximação sem precedentes à Rússia, ao mesmo tempo que afirmou querer manter a pressão sobre Moscovo.
As delegações norte-americana e ucraniana deverão reunir-se na próxima terça-feira na Arábia Saudita para discutir, segundo Washington, um quadro para um acordo de paz.
Os norte-americanos e os russos já se encontraram no reino saudita para iniciar as negociações.