Donald Trump já decidiu que vai retirar os EUA do acordo de Paris sobre alterações climáticas assinado em 2015 por Obama, revelam vários meios de comunicação norte-americanos.
Corpo do artigo
Apesar de ainda não serem conhecidos os contornos da saída, a Fox News e o site Axios garantem que Trump já tomou a decisão, que vai colocar os EUA ao lado da Nicarágua e Síria, como os únicos países que não se juntaram ao esforço global de redução de emissões poluentes.
Ambos os meios, que citam fontes anónimas, mas próximas de Trump, não detalham quando o Presidente irá fazer o anúncio oficial.
Segundo o site Axios, citado pela agência Reuters, Trump está agora a ponderar os pormenores da decisão. Pode anular formalmente a assinatura do acordo de Paris, opção que pode demorar três anos a concretizar, ou retirar os EUA do tratado das Nações Unidas onde se baseia o acordo sobre as alterações climáticas. Uma decisão mais rápida, mas também mais drástica.
Durante a campanha eleitoral, Donald Trump afirmou que o aquecimento global é um embuste e, na última semana, durante a reunião G7, recusou-se a apoiar uma declaração sobre o aquecimento global, dizendo que precisava de mais tempo para decidir sobre o acordo de Paris.
Apesar da pressão do Presidente francês, Emmanuel Macron, e da chanceler alemã, Angela Merkel, a declaração final da cimeira do G7 reconheceu que os Estados Unidos "não estão em condições de chegar a um consenso" sobre a luta contra as alterações climáticas.
Nessa declaração, os membros do G7, exceto os EUA, reiteraram o compromisso em aplicar "rapidamente" o acordo de Paris, adotado em dezembro de 2015 por 195 países.
No final da reunião, a chanceler alemão criticou a posição de Washington dizendo: "Aqui está uma situação em que somos seis, sete se incluirmos a União Europeia, contra um (...) Isto significa que não há sinal até agora de que os Estados Unidos continuem ou não no acordo de Paris".
O acordo de Paris foi assinado por 195 países em dezembro de 2015 tendo em vista reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e conter o aquecimento global abaixo dos dois graus Celsius.
A anterior administração comprometeu-se em Paris que os Estados Unidos iriam reduzir as suas emissões de CO2 de 26 a 28% até 2025, por comparação com o nível de 2005.
Para este efeito, o Presidente democrata Barack Obama autorizou a Agência de Proteção do Ambiente a forçar as indústrias de carvão a reduzir as suas emissões de dióxido de carbono.