As bandeiras a meia haste em Veneza são o sinal da tragédia que matou 21 pessoas num acidente com um autocarro que caiu de um viaduto e "voou" mais de 10 metros. Entre as vítimas mortais, turistas de várias nacionalidades, estão três crianças, uma de apenas um ano de idade.
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O motorista, italiano, é um dos nomes da lista de vítimas mortais. Uma das teorias para o acidente é que tenha sofrido uma doença súbita, já que não foram encontradas marcas de travagem no local, apontou o chefe da Polícia de Veneza, Marco Agostini.
O autocarro transportava diversos passageiros, turistas, de regresso a um acampamento, depois de terem passado um dia numa das cidades mais visitadas do Mundo.
Além de uma criança de um ano de idade, uma criança de 12 anos morreu. Entre as vítimas mortais estão ainda quatro ucranianos, um alemão, um croata e um francês. Há ainda corpos, que foram retirados dos detroços durante a noite, por identificar.
A queda do veículo numa linha de comboio, ao início da noite desta terça-feira, causou ainda 15 feridos, incluindo ucranianos, um alemão, uma francesa, uma croata, dois espanhóis e dois austríacos, informou o presidente da Câmara de Veneza, Michele Di Bari. Cinco feridos, com idades entre os 20 e os 30 anos, estão hospitalizados em estado "muito grave".
Veículo incendiou-se após cair
Nos primeiros instantes após o acidente, Di Bari falava num "cenário apocalítico". O autocarro caiu, virado ao contrário, e incendiou-se junto à linha de comboio que liga os distritos de Marghera e Mestre, no norte do país.
Os bombeiros apontaram o facto de se tratar de um veículo que trabalha com gás metano para a violência do incêndio que destruiu por completo toda a carroçaria. Os bombeiros trabalharam toda a noite para retirar os restos mortais das vítimas.
"Ninguém sabe o que aconteceu. Pelo que vi das imagens, o autocarro não seguia a mais de 50 km/hora. Vê-se o semáforo a acender, ele poderia ter travado. Despois, vê-se o autocarro a embater contra os rails, e a capotar e cair", afirmou diretor executivo da La Line Spa, a empresa proprietária do autocarro, citado pelo jornal "The Guardian".
Uma das fontes que as autoridades têm para investigar as causas da tragédia são precisamente as câmaras de vigilância que existem no local e que já estarão na posse da Polícia.
O trágico acidente levou diversas personalidades a enviar as condolências às famílias das vítimas e a Veneza, entre eles o presidente francês, Emmanuel Macron, que falou numa "terrível tragédia", e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que apontou para "um momento de grande dor.