O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, defendeu, este sábado, no Cairo (Egito) que Israel deveria prestar contas pelo "massacre de crianças inocentes" na faixa de Gaza.
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"Todo o mundo deve saber que mais cedo ou mais tarde serão pedidas contas pelo massacre destas crianças inocentes mortas por métodos desumanos em Gaza", afirmou Erdogan num discurso feito junto à Universidade do Cairo.
De acordo com fonte oficial, o chefe do Governo turco deverá encontrar-se no Cairo com o líder do Hamas, Khaled Meshaal, para discutirem a situação na faixa de Gaza.
Meshaal está no Cairo para analisar com várias figuras políticas o fim do conflito de Gaza, mas o grupo islamitas está relutante quanto à possibilidade de um cessar-fogo porque não acredita que Israel o cumpra.
O Hamas, que está há quatro dias em conflito aberto com Israel na faixa de Gaza, duvida que algum país consiga garantir condições para um cessar-fogo.
"Através da mediação egípcia, conseguimos um entendimento para uma trégua, mas ele foi quebrado em 48 horas", disse Meshaal, lembrando o ataque aéreo feito por Israel na quarta-feira e que causou a morte do chefe militar do Hamas.
Fontes palestinianas anunciaram que morreram desde quarta-feira 40 palestinianos e outros 350 ficaram feridos na sequência dos vários ataques aéreos à faixa de Gaza.
O presidente egípcio mandou regressar o seu embaixador em Israel em sinal de solidariedade para com os palestinianos e enviou o seu primeiro-ministro à faixa de Gaza.
Entretanto, os ministros dos negócios estrangeiros árabes estão reunidos no Cairo para debater a situação e é provável que decidam exigir que Israel acabe de imediato com os ataques á faixa de Gaza.
Segundo fonte diplomática, está também a ser ponderada a possibilidade de enviar uma delegação de ministros a Gaza para manifestar o seu apoio ao povo palestiniano.