O Twitter perdeu cerca de metade das suas receitas publicitárias, desde que foi comprado por Elon Musk, por 44 mil milhões de dólares (aproximadamente 39 mil milhões de euros) em outubro passado, revelou o proprietário.
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Musk, que tem falado abertamente sobre as dificuldades que a empresa enfrenta, revelou os números num tweet publicado no sábado, em resposta a um utilizador que estava a dar sugestões sobre o financiamento da plataforma.
"Ainda estamos com um fluxo de caixa negativo, devido a uma queda de cerca de 50% nas receitas de publicidade e a uma grande dívida", escreveu o bilionário.
"Precisamos de atingir um fluxo de caixa positivo antes de nos darmos ao luxo de qualquer outra coisa", acrescentou.
A Insider Intelligence relatou que o Twitter está encaminhado para ganhar menos de 3 mil milhões de dólares (aproximadamente 3 mil milhões de euros) em receitas, em 2023, uma queda de um terço em relação a 2022.
As alterações instituídas por Musk na plataforma têm afastado vários utilizadores e publicitários, numa altura em que a Threads, uma aplicação lançada pela Meta, empresa-mãe do Facebook e rival do Twitter, registou mais de 100 milhões de utilizadores nos seus primeiros cinco dias.
No início deste ano, a aplicação de inteligência artificial ChatGPT, criada pela OpenAI, demorou dois meses a atingir o mesmo número de utilizadores ativos.
De acordo com algumas estimativas, o Threads já atingiu 150 milhões de utilizadores, número impulsionado pela sua ligação ao Instagram, que lhe dá uma audiência integrada de mais de dois mil milhões de utilizadores e poupa à plataforma o desafio de começar do zero.
Estima-se que o Twitter tenha cerca de 200 milhões de utilizadores regulares, porém a plataforma tem sofrido repetidas falhas técnicas desde que Musk se tornou proprietário e demitiu cerca de metade dos funcionários.