As autoridades ucranianas avisaram, esta quinta-feira, a população para novas restrições ao consumo de eletricidade nas regiões centrais do país devido a novos ataques russos às infraestruturas energéticas.
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"Para evitar um encerramento completo no centro do país, o setor energético é forçado a impor restrições mais rigorosas ao consumo de eletricidade", disse o conselheiro presidencial Kyrylo Tymoshenko na rede social Telegram, citado pela agência francesa AFP.
As regiões em causa são a capital Kiev, Chernigiv, Cherkassy e Jitomir, disse Tymoshenko, sem especificar se os ataques tinham causado quaisquer baixas.
"Tais medidas permitem às empresas de energia reparar rapidamente as instalações danificadas e manter o equilíbrio do sistema de produção de eletricidade", disse o operador ucraniano do setor, Ukrenergo.
O governador da região de Kiev, Oleksi Kuleba, apelou aos residentes para se preparem para "cortes de energia de emergência indefinidos" e para "consumirem a eletricidade com moderação".
"Este é um passo forçado para estabilizar a situação", acrescentou.
Em Kiev, têm sido feitos cortes diários com a duração de quatro horas, alternados por distrito.
Desde há mais de duas semanas, a Rússia tem vindo a aumentar os ataques contra a rede de energia ucraniana, levando à destruição de pelo menos um terço da sua capacidade, pouco antes do inverno.
Estes ataques começaram como uma retaliação pela destruição parcial da ponte da Crimeia, em 08 de outubro, que a Rússia atribuiu a um ataque terrorista dos serviços secretos ucranianos, negado por Kiev.
A Ucrânia tem um curso uma contraofensiva no sul e no leste do país, que permitiu às suas forças recuperar território sob controlo russo, incluindo em regiões anexadas por Moscovo.
A contraofensiva foi possível com a entrega de armamento à Ucrânia por parte dos seus aliados ocidentais.