Os Estados Unidos anunciaram a suspensão da cooperação militar com a Rússia devido à ação de Moscovo na Ucrânia, revelou na noite de segunda-feira o Pentágono, apelando aos russos para travarem da escalada da crise.
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"À luz dos recentes acontecimentos na Ucrânia suspendemos todos os compromissos de cooperação militar entre a Rússia e os Estados Unidos", afirmou John Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa.
O mesmo responsável apelou às forças russas na Crimeia para regressarem às suas bases "tal como está previsto no âmbito dos acordos que regem a frota russa do Mar Negro".
Paralelamente, o congresso dos EUA está a preparar um pacote de auxílio económico à Ucrânia, no montante de mil milhões de dólares (728 milhões de euros), anunciaram na segunda-feira senadores democratas.
"Estou terrivelmente preocupado com o que está a acontecer na Ucrânia. Penso que a Ucrânia está em crise e que precisa de ajuda", disse o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, em declarações à imprensa, quando se reuniu com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, no Capitólio.
"Vou recomendar que o quer que façamos seja executado em coordenação com os nossos aliados", declarou, salientando que o Presidente Barack Obama "disse que queria dar alguma ajuda económica".
O senador democrata Robert Menendez acrescentou, por seu turno, que o comité senatorial dos Negócios Estrangeiros, a que preside, está a "desenvolver um pacote legislativo bipartidário para fornecer apoio crítico à Ucrânia, que está à beira do colapso económico, após anos de crónica má gestão e corrupção".
A legislação em preparação vai permitir um mínimo de mil milhões de dólares em crédito garantido para apoiar a economia ucraniana e permitir assistência técnica à realização de eleições, combate à corrupção, reforço da sociedade civil e ajudar o Governo de Kiev a recuperar ativos roubados.