
Foto: Sergei Gapon/AFP
A Ucrânia confirmou, este sábado, que vai receber a quase totalidade dos 123 prisioneiros libertados pelo presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, incluindo os principais líderes da oposição, Maria Kolesnikova e Viktor Babariko.
"Hoje, em nome do presidente da Ucrânia, foi realizada uma operação para o regresso de 114 civis que estavam detidos no território da República da Bielorrússia", afirmou o Centro de Coordenação para Prisioneiros de Guerra da Ucrânia na sua conta do Telegram.
Entre os libertados estão cinco ucranianos que estiveram presos sob acusações de espionagem e figuras públicas e políticas bielorrussas como Kolesnikova, Babarika e a jornalista Marina Zolotova, entre outros.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou anteriormente que o chefe da Direção Principal de Inteligência (GUR), Kirilo Budanov, o tinha informado sobre os detalhes da operação especial para a libertação de civis na Bielorrússia.
"Graças ao papel ativo dos Estados Unidos e à cooperação entre os nossos serviços de inteligência, cerca de cem pessoas estão agora a recuperar a sua liberdade, incluindo cinco cidadãos ucranianos", disse na sua conta do Telegram.
Um total de 104 bielorrussos foram enviados para a Ucrânia, segundo a organização de direitos humanos Viasna, do laureado com o Prémio Nobel da Paz de 2022, Ales Bialiatski, também perdoado por Lukashenko e que foi para a Lituânia onde foi recebido pela líder da oposição bielorrussa no exílio, Sviatlana Tsikhanouskaya.
A libertação surgiu após consultas realizadas em Minsk nos últimos dois dias entre Lukashenko e o emissário da Casa Branca, John Cole.
O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, perdoou "123 cidadãos de diferentes países condenados ao abrigo das leis da República da Bielorrússia por vários crimes, incluindo espionagem, terrorismo e atividades extremistas", anunciou a presidência bielorrussa.
As libertações ocorreram em troca do levantamento das sanções norte-americanas sobre a indústria bielorrussa da potassa, uma das maiores fontes de rendimento do país, que tinham sido impostas pela administração anterior, do democrata Joe Biden.
