Os embaixadores dos Estados-membros junto da União Europeia (UE) aprovaram sanções a três indivíduos e uma entidade por venda de drones à Rússia após o início da guerra da Ucrânia.
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"Após três dias de conversações, os embaixadores da UE acordaram em medidas contra entidades fornecedoras de drones iranianos que atingiram a Ucrânia", indica a presidência checa do Conselho da União Europeia, numa publicação na rede social Twitter.
Um dia depois de a UE ter admitido ter provas sobre a venda deste tipo de aeronave remotamente pilotada por parte do Irão à Rússia já após 24 de fevereiro passado, data de invasão russa da Ucrânia, os representantes aprovaram sanções como "congelamento dos bens de três indivíduos e um entidade responsável pelas entregas de drones".
"A UE está também preparada para alargar as sanções a mais quatro entidades iranianas que já constavam de uma lista de sanções anterior", adianta a presidência checa rotativa da UE, fala em medidas aprovadas "em tempo recorde".
Fontes europeias apontam que estas medidas restritivas deverão entrar em vigor esta tarde aquando da sua publicação no Jornal Oficial da UE.
As mesmas fontes apontam que o bloco comunitário já conseguiu provas que revelam ser "claro que houve fornecimento de material de guerra usado pelas forças armadas russas"
As autoridades ucranianas acusam desde agosto o Irão de fornecer ao exército russo os chamados drones "kamikaze", que chocam com os alvos, embora Teerão tenha negado estar envolvido nessa transação, assim como Moscovo.
O Conselho da UE adotou, na segunda-feira, sanções contra 11 responsáveis iranianos, incluindo a chamada política da moralidade, na sequência da detenção e morte da jovem Mahsa Amini, pelo uso incorreto do véu islâmico.
Entre os sancionados estava o ministro da Informação, Iça Zarepour, que fica impossibilitado de entrar no bloco europeu e os seus bens serão congelados, bem como quatro entidades, como a polícia da moralidade do Irão.
O chefe da polícia da moralidade, Mohammad Rostami e o chefe das forças policiais iranianas em Teerão, Hossein Rahimi, estão também entre as personalidades sancionadas.