Os ministros dos Negócios Estrangeiros defenderam, esta segunda-feira, em Bruxelas, "o reforço da cooperação com os países árabes", para tornar eficaz a luta contra o terrorismo. Rui Machete diz que a colaboração deverá ocorrer ao nível das "políticas de prevenção e nas políticas de repressão".
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"Houve uma análise do radicalismo terrorista atual, em particular dos extremismos islâmicos. E, nessa matéria, digamos que se chegou à conclusão, em primeiro lugar, o que é muito importante que os países árabes colaborassem com os países ocidentais, em particular os países europeus, nas políticas de prevenção e nas políticas de repressão, nomeadamente, ao ISIS e da Alcaida, mas também em alguns países de África".
A mesma ideia foi defendida pela, alta representante da UE para a política externa, Federica Mogherini, a qual entende que os estados deve, "cooperar juntos", considerando que "em primeiro lugar" tal deve ocorrer com "os países árabes" e, também "internamente", na União Europeia.
"Precisamos partilhar informações e precisamos cooperar mais também entre os estados-membros sobre o nível de segurança e é isso que discutimos com o Comissário Avramopoulos", afirmou a chefe da diplomacia europeia.
"A ameaça não é apenas a que enfrentámos em Paris, mas também a que se espalha por outras partes do mundo a partir de países muçulmanos. Precisamos fortalecer a nossa maneira de cooperar juntos - em primeiro lugar com os países árabes - e, em seguida, internamente", considerou Mogherini.
O ministro português avançou também que "houve uma acentuação de cooperar com os países mediterrânicos, o que é uma matéria extremamente importante e que Portugal considera fundamental para a sua própria segurança e para a segurança da Península Ibérica".
"Por outro lado, houve a ideia, em termos práticos que os serviços de informações devem intensificar a sua cooperação, quer entre os países europeus, quer nos países do médio oriente e dos países mediterrânicos e também africanos, se possível", defendeu Machete, no final da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, pelas troca de impressões, em torno da luta antiterrorista.