Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia decidiram, esta quarta-feira, suspender as licenças de exportação de equipamentos de segurança e de armas para o Egito.
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Numa reunião extraordinária em Bruxelas, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE decidiram ainda rever a ajuda ao Egito, em resposta à onda de violência registada desde há uma semana no país, com centenas de mortos.
Os países da UE "chegaram a acordo para suspender as licenças de exportação de equipamentos que possam ser utilizados para a repressão interna", revela o texto com as conclusões da reunião, acrescentando que a assistência no domínio da segurança "será revista".
No final do encontro, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, afirmou que a UE vai rever a ajuda ao Cairo, mas mantém "a ajuda destinada aos mais desfavorecidos".
"Manifestámos o nosso apoio ao povo do Egito (...) que é um parceiro essencial" da UE, disse Ashton. "Condenamos firmemente todos os atos de violência e consideramos que as ações dos militares foram desproporcionadas. Apelamos a todas as partes para terminarem a violência", acrescentou.
Desde que na passada quarta-feira as forças de segurança egípcias lançaram uma operação para dispersar, no Cairo, concentrações de apoiantes do presidente islamita do Egito, Mohamed Morsi, deposto a 3 de julho.
Mais de 900 pessoas foram mortas em confrontos entre as duas partes.