A Comissão Europeia vai responder com contramedidas às tarifas alfandegárias de 25% impostas pelos Estados Unidos às importações de aço e alumínio, que considera “más para as empresas e piores para os consumidores”.
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“As tarifas são impostos, más para as empresas, piores para os consumidores”, sublinhou o comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, que considerou ser esta uma decisão em que todos perdem.
Bruxelas está "a analisar o alcance" da decisão e responderá "proporcionalmente com contramedidas”, disse o comissário num debate no Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo.
O presidente do Conselho Europeu já manifestou o seu total apoio. “Apoio plenamente a Comissão Europeia na garantia de uma resposta firme e proporcionada a taxas aduaneiras injustificadas”, divulgou António Costa, na rede social Bluesky. Sublinhou ainda que a União Europeia (UE) “está unida na defesa dos interesses das suas empresas, trabalhadores e cidadãos”, garantindo que o bloco é “um parceiro fiável e previsível”.
As taxas anunciadas por Washington entram em vigor em 12 de março para todas as exportações de alumínio e aço de países terceiros para os EUA.
No debate, Sefcovic salientou que a UE não vê qualquer justificação para a imposição destas tarifas, que considera “economicamente contraproducente”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também condenou a decisão da Casa Branca, em comunicado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou duas ordens executivas para impor tarifas de 25% às importações de alumínio e aço.
Durante o seu primeiro mandato (2017-2021), o líder norte-americano impôs tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio, mas depois concedeu quotas isentas de impostos a vários parceiros comerciais, incluindo o Canadá, o México, a Austrália e o Brasil.