O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault, lamentou a decisão "triste" do Reino Unido de deixar a União Europeia, dizendo que a Europa tem de reconquistar a confiança das pessoas. "Triste para o Reino Unido. A Europa continua, mas tem de reagir e reconquistar a confiança dos seus povos. É urgente", escreveu na sua conta de Twitter.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, também lamentou os resultados do referendo e considerou ser "um dia triste para a Europa e para a Grã-Bretanha". Numa mensagem publicada na página do Ministério na rede social 'Twitter', Steinmeier qualificou os resultados como "verdadeiramente desapontantes".
O ministro dos Negócios Estrangeiros português lamentou profundamente a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia, considerando que "é um dia triste", e reiterou que os interesses das comunidades portuguesas naquele país serão "protegidos e defendidos". "Em primeiro lugar, lamentamos profundamente, mas respeitamos a decisão do povo britânico. Hoje é um dia triste, é mau dia para a Europa, mas a Europa tem de seguir em frente", disse o ministro Augusto Santos Silva. O governante sublinhou que Portugal tem uma comunidade "muito forte" no Reino Unido e reiterou que "os interesses da comunidade serão protegidos e defendidos pelas autoridades portuguesas".
O líder do Partido Popular Europeu disse "lamentar mas respeitar" o resultado do referendo britânico. "Respeitamos e lamentamos a decisão dos eleitores britânicos. Causa um grande dano a ambas as partes", disse o alemão Manfred Weber na sua conta de Twitter.
O Partido dos Socialistas Europeus, segunda maior família política europeia, lamentou o resultado do referendo britânico, considerando que a saída do Reino Unido da União Europeia constitui "um grande revés" para as duas partes. "Estou verdadeiramente chocado com o resultado do referendo. Nós apoiámos o nosso partido membro, o partido trabalhista do Reino Unido, na sua campanha pelo 'Remain' (permanecer). Queríamos uma Bretanha forte numa Europa forte, e estávamos a trabalhar por uma Bretanha Social numa Europa Social. Agora temos de redobrar os nossos esforços conjuntos", afirmou o presidente do PES, Sergei Stanishev.
O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou que o seu executivo "toma nota com tristeza" da decisão dos britânicos pela saída do país da União Europeia e deixou uma mensagem de serenidade e tranquilidade aos espanhóis. "Não são momentos para alimentar ou acrescentar incertezas", disse, garantindo que Espanha vai defender os direitos dos seus cidadãos.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, lamentou o resultado do 'brexit', defendendo que a Europa "é o futuro", apelando à construção de uma União Europeia "mais humana e mais justa". "Devemos mudar a Europa para a tornar mais humana e mais justa. Mas, a Europa é a nossa casa, é o nosso futuro", disse Renzi numa mensagem escrita na rede social Twitter.
O presidente francês, François Hollande, considerou que o voto britânico "põe a Europa à prova", obrigando-a a deixar "de atuar como até aqui" e "concentrar-se no essencial". Hollande lamentou "profundamente esta escolha dolorosa", mas lembrou tratar-se de "uma escolha" dos britânicos "que é preciso respeitar". A França vai tomar a iniciativa para que a UE se concentre na segurança, investimento para o crescimento e emprego, harmonização fiscal e social e o reforço da zona euro. O chefe de Estado francês sublinhou que "está em jogo a diluição da Europa (...) ou a reafirmação da sua existência" depois de mudanças profundas.
A Alta Representante da União Europeia para a Politica Externa e de Segurança, Federica Mogherini, lamentou a saída do Reino Unido do bloco europeu, mas observou que "tempos difíceis exigem ainda mais liderança, determinação e unidade". "A nossa União é a melhor forma de responder às necessidades e aspirações dos nossos cidadãos, e tal exige uma reflexão profunda sobre como dar essas respostas de forma eficaz", declarou.