O exército israelita efetuou, este sábado, um ataque aéreo contra um membro do Hezbollah no sul do Líbano, onde este “dirigia as atividades terroristas” do movimento islamita, matando uma pessoa e ferindo outra, segundo a agência noticiosa oficial libanesa.
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O homem visado estava também “envolvido na reconstrução das infraestruturas” do movimento xiita, informou o exército israelita em comunicado, acrescentando que iria impedir “todas as tentativas do Hezbollah para se reconstruir”, após a entrada em vigor de uma fase de tréguas no sul do Líbano, em 27 de novembro.
A Agência Nacional de Notícias libanesa (Ani), citando o Ministério da Saúde, informou que um ataque de drone contra um carro na cidade de Kherbet Selm, no sul do país, matou uma pessoa e feriu outra.
O exército israelita confirmou que atacou um suposto membro do grupo xiita Hezbollah no sul do Líbano, acusando-o de trabalhar para restabelecer a presença e as atividades terroristas do grupo na região. “Recentemente, a IAF (Força Aérea Israelita) teve como alvo um terrorista do Hezbollah envolvido no restabelecimento de infraestruturas terroristas e na ajuda às atividades do Hezbollah no sul do Líbano”, refere um comunicado militar citado pela agência espanhola de notícias, a Efe.
O exército israelita já tinha efetuado vários ataques contra “instalações militares” do Hezbollah na região na sexta-feira, tendo como alvo “armas e lança-foguetes” que “ameaçavam o Estado de Israel e constituíam uma violação flagrante” do acordo de cessar-fogo entre Israel e o movimento libanês.
O movimento xiita libanês Hezbollah começou a disparar foguetes através da fronteira com Israel a 8 de outubro de 2023, um dia depois do ataque liderado pelo grupo islamita palestiniano Hamas no sul de Israel que desencadeou a guerra em Gaza. Israel respondeu com bombardeamentos e ataques aéreos no Líbano e as duas partes entraram num conflito crescente que se transformou numa guerra total no final de setembro.
Mais de quatro mil pessoas foram mortas no Líbano e mais de um milhão foram deslocadas no auge do conflito, das quais mais de 100 mil não puderam regressar a casa. Do lado israelita, dezenas de pessoas foram mortas e cerca de 60 mil continuam deslocadas.
O acordo de cessar-fogo que interrompeu em novembro o conflito entre Israel e o Hezbollah estipula que as forças israelitas devem retirar-se do sul do território libanês, enquanto o movimento xiita deve manter-se afastado da fronteira entre os dois países e desmantelar as suas infraestruturas militares. No entanto, após o prazo estabelecido pelo acordo, Israel manteve-se em cinco posições que considera estratégicas no sul do Líbano.