Ataques lançados pelas forças da Rússia durante a noite contra várias regiões da Ucrânia mataram pelo menos uma pessoa em Dnipro, no leste do país, disseram, este sábado, as autoridades ucranianas.
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"A morte de uma pessoa foi confirmada" num "arranha-céus de luxo", anunciou o presidente da Câmara de Dnipro, na plataforma de mensagens Telegram.
Borys Filatov lamentou a "falta de abrigos" e pediu à população que não "permanecesse em andares altos" durante os bombardeamentos russos.
O governador da região de Kharkiv (nordeste), Oleh Syniehoubov, registou três feridos num bombardeamento contra a cidade de Zmiiv.
Também hoje, o presidente da Câmara de Kharkiv, Igor Terekhov, tinha dito no Telegram que a cidade tinha sido "alvo de um ataque combinado durante quase três horas".
"O inimigo usou vários tipos de armas em simultâneo — bombas guiadas, mísseis balísticos e drones suicidas", acrescentou.
Em Zaporíjia (sul), foram registados vários incêndios após ataques russos, sendo que um deles atingiu um edifício residencial, sem causar vítimas, de acordo com relatos iniciais, disse o governador da região, Ivan Fedorov.
Na sexta-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que os negociadores ucranianos e russos começaram a discutir um possível encontro entre os líderes dos dois países.
"Precisamos colocar um fim a esta guerra e isso começa provavelmente com um encontro entre os líderes", disse Zelensky.
Zelensky acrescentou que os negociadores russos "começaram a discutir o assunto" com o lado ucraniano, referindo que se trata de "um progresso em direção a algum tipo de formato de reunião".
O lado russo, no entanto, não parece otimista quanto à possibilidade de uma reunião iminente.
"A reunião deve ser cuidadosamente preparada. Só assim será significativa", disse o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, citado pela agência de notícias russa TASS.
As reuniões entre os dois lados, com as suas exigências radicalmente diferentes, produziram poucos resultados até agora e a Rússia continua a avançar na linha da frente.
"Estão de facto a tentar avançar. Mas não fizeram grandes avanços", garantiu o presidente ucraniano.
Zelensky indicou ainda aos jornalistas que a Ucrânia está a trabalhar para financiar dez sistemas de defesa aérea Patriot, após um acordo com Washington que permite aos países europeus comprar armas norte-americanas destinada a Kiev.
"O presidente dos Estados Unidos vai vender-nos estes sistemas. A nossa tarefa é encontrar financiamento para estes dez sistemas", afirmou Zelensky, acrescentando que o financiamento para três destes sistemas já foi garantido.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, numa nova fase da guerra que começou em 2014, com a anexação da península ucraniana da Crimeia pelos russos.