Um homem invadiu este domingo uma Igreja mórmon em Grand Blanc, no estado norte-americano do Michigan, e disparou contra a multidão, antes de atear fogo ao edifício. O suspeito, abatido pela polícia, matou pelo menos uma pessoa e deixou outras nove feridas.
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O chefe da polícia local, William Renye, disse que o atacante conduziu um veículo contra as portas da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (SUD), que reunia "centenas de pessoas", e começou a disparar com uma espingarda de assalto. As forças de segurança acreditam que o suspeito foi responsável também por atear fogo ao local de culto antes de ser morto pelos polícias.
Dez vítimas feridas foram transportadas para o hospital, mas uma acabou por falecer. "Acreditamos que vamos encontrar algumas vítimas adicionais quando encontrarmos a área onde ocorreu o incêndio", acrescentou William Renye.
As autoridades pretendem realizar buscas na residência do suspeito e analisar o seu telemóvel para "descobrir se houve um motivo". Sem revelar o nome do alegado responsável pelo ataque, a polícia informou apenas que se trata de um homem de 40 anos de Burton, também no estado do Michigan.
Agentes do FBI no terreno
Foto: Bill Pugliano/Getty Images/AFP
O FBI enviou uma centena de agentes para o local. "Como pode imaginar, há muitas testemunhas que estavam dentro da Igreja e há muitas declarações de informação de testemunhas que temos de obter", acrescentou Renye.
"Os locais de culto devem ser santuários de pacificação, oração e conexão", defendeu o porta-voz da Igreja mórmon, Doug Andersen, citado pela estação CNN. "Rezamos pela paz e pela cura para todos os envolvidos", completou. O caso ocorreu no dia seguinte à morte do presidente da SUD, Russell M. Nelson, aos 101 anos.
"Epidemia de violência"
"Este parece ser mais um ataque dirigido aos cristãos nos EUA", escreveu o presidente norte-americano nas redes. "A Administração Trump manterá o público informado, como sempre fazemos. Entretanto, ore pelas vítimas e pelas suas famílias. Esta epidemia de violência no nosso país tem de acabar imediatamente!", completou.
O magnata, que tem nos cristãos-nacionalistas uma forte base, tem usado a retórica de que os cristãos tem sido perseguidos nos EUA. Narrativa reforçada por episódios recentes, como o tiroteio em agosto na Igreja da Anunciação, em Minneapolis, Minnesota, e o assassinato do ativista Charlie Kirk, em setembro.