O secretário norte-americano da Defesa, Robert Gates, considerou sexta-feira que uma eventual ofensiva militar contra o Irão servirá apenas para "ganhar tempo" aos Estados Unidos e aos seus aliados, atrasando o programa nuclear de Teerão "em um a três anos".
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"Na realidade, qualquer opção militar (contra o Irão) não faria (mais do que) que ganhar tempo", disse Gates numa entrevista à CNN.
Gates indicou que uma eventual ofensiva contra Teerão atrasará "em um a três anos" a continuação do programa nuclear controverso de Teerão.
A administração Obama, prosseguiu Gates, não exclui certamente o recurso às armas para forçar a República islâmica a suspender o enriquecimento de urânio, entendido por Washington como fazendo parte de um programa destinado a conceber armas nucleares.
Mas, segundo Gates, o tempo é ainda de diplomacia e de novas sanções.
"A única forma de não ver o Irão na posse da arma nuclear é que o governo iraniano compreenda que conceber tal arma enfraqueceria a segurança (do país), em vez de a reforçar", sublinhou Robert Gates.
Sexta-feira, o presidente Obama falou em uníssono com o seu secretário da Defesa.
Na cimeira do G20 de Pittsburgh (Pensilvânia), Obama recusou afastar a opção militar, apesar de continuar a privilegiar a diplomacia face ao Irão.
O Irão e os seis países implicados no processo nuclear iraniano (Alemanha, França, Grã-Bretanha, Rússia, China e Estados Unidos) devem reunir-se em Genebra a 01 de Outubro.