Universidade da Califórnia aceita pagar 215 milhões após acusações contra ginecologista
A Universidade da Califórnia aceitou pagar 246,3 milhões de dólares (cerca de 215 milhões de euros) perante as acusações de centenas de mulheres que foram abusadas sexualmente por um antigo ginecologista da UCLA.
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O acordo, alcançado com a ajuda de um mediador privado, foi anunciado esta terça-feira pelos advogados e pela UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles).
Em causa, estão mais de 200 mulheres que dizem ter sido abusadas sexualmente pelo ex-ginecologista James Heaps, ao longo de uma carreira de 35 anos. De acordo com o processo, citado pela agência Associated Press (AP), a universidade ignorou as reclamações e decidiu esconder os abusos.
"A conduta alegadamente seguida por Heaps é repreensível e contrária aos valores da universidade", defendeu, em comunicado, a UCLA.
No ano passado, James Heaps já tinha sido alvo de 21 acusações de crimes sexuais, envolvendo sete mulheres.
A UCLA começou a investigar Heaps em 2017, um ano antes deste se ter reformado, após a universidade ter recusado renovar o seu contrato. Um dos advogados das queixosas John C. Manly disse que a universidade optou por resolver a questão sem "infligir mais danos desnecessários", modelo que defendeu que deve ser seguido por outras universidades na mesma situação.