As autoridades sírias afirmam ter descoberto no bairro de Baba Amr, em Homs, vários cadáveres de estrangeiros, incluindo o de um europeu suspeito de dirigir os rebeldes sírios.
Corpo do artigo
"Vários cadáveres (...) que não são de sírios (...) foram descobertos em Baba Amr", segundo um especialista dos serviços de segurança citado pelo jornal Al-Watan.
"O maior mistério" envolve o cadáver de um europeu "na posse do passaporte e da carteira profissional de Javier Espinosa", o correspondente do jornal "El Mundo" que sobreviveu ao bombardeamento que matou a norte-americana Marie Colvin e o francês Remi Ochlik e que conseguiu sair de Baba Amr a 29 de fevereiro.
Espinosa disse ter perdido todos os haveres na fuga para o Líbano, durante a qual teve de escapar a disparos das forças sírias.
O especialista citado pelo "Al-Watan" afirmou que o cadáver em causa corresponde "provavelmente a um europeu que comandava (as forças da oposição) em Baba Amr" e acrescentou que Espinosa "sabe a identidade do indivíduo a quem entregou os documentos", pelo que "é preciso saber pormenores junto do senhor Espinosa".
"O cadáver que é sem dúvida de um comandante apresenta traços fisionómicos de um europeu do sul e aparentemente era um elemento de uma agência de informações (estrangeira) ou de um grupo libanês encarregado de retirar o maior número de combatentes de Baba Amr", afirmou.
O corpo em causa está na Síria e "não foi reclamado por nenhum país", segundo a notícia. O jornal acrescentou que os corpos de vários outros estrangeiros continuam por identificar.
Baba Amr foi bombardeada durante semanas pelas forças sírias, ataques que segundo a Human Rights Watch fizeram 700 mortos e milhares de feridos.