Três bombistas suicidas abriram fogo e fizeram-se explodir no aeroporto de Istambul, esta terça-feira, provocando pelo 36 mortos e 147 feridos.
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A informação foi avançada por fontes oficiais turcas, que acrescentam que os homens se fizeram explodir antes de um posto de segurança do terminal de partidas do Aeroporto de Istambul Ataturk, o maior da Turquia, situado na parte europeia da cidade. A polícia ainda fez disparos para tentar neutralizar os suspeitos, mas os homens detonaram os explosivos entretanto.
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"De acordo com a informação que recebi à entrada do terminal do Aeroporto Internacional Ataturk, um dos terroristas abriu fogo com uma Kalashnikov e depois fez-se explodir", disse o ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, à CNNTurk.
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O governador de Istambul anunciou entretanto que o balanço de vítimas aumentou: estão já confirmados 28 mortos. Horas mais tarde,houve nova atualização: 36 mortos e 147 feridos.
Entre os mortos há cinco polícias e um cidadão russo, acrescentou a TRT, a televisão pública turca.
Os atentados ainda não foram reivindicados.
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Disparou contra os passsageiros
O ministro da Justiça deu alguns pormenores sobre o ocorrido durante uma intervenção emitida em direto para as televisões turcas. Segundo o ministro, um dos terroristas disparou contra os passageiros no terminal internacional e outro fez-se explodir no mesmo local. Um outro terrorista fez-se explodir no estacionamento.
Imagens de um dos atacantes, empunhando uma arma, foram entretanto divulgadas:
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"Estávamos no controlo de passaportes. Ouvimos tiros. Começaram a disparar contra nós. Depois, fizeram-se explodir", relatou à CNNTurk uma testemunha.
Outra testemunha afirmou que as duas violentas explosões abanaram o terminal e desencadearam um movimento de pânico entre os passageiros:"Foi muito forte, todas as pessoas entraram em pânico e começaram a correr para todos os lados".
Português estava no terminal
O português Marcos Barros, ouvido pela SIC Notícias, recorda o terror vivenciado no terminal.
Chegado ao aeroporto de Ataturk, aguardava com familiares "tranquilamente" pelo voo de escala para Singapura. "O ataque foi mesmo perto de nós. Ouvimos tiros e ficamos assustados. Havia pessoas a correr, a cair no chão... Depois, ouvi-se o que parecia ser um tiro maior. Penso que terá sido uma bomba e fomos esconder-nos numa loja", relatou Marcos Barros, que, no momento do ataque, "estava na área do controlo de passageiros".
Marcos Barros não sofreu ferimentos. Desconhece-se, no entanto, se há vítimas portuguesas do atentado, até porque as autoridades turcas impediram a cobertura noticiosa junto ao terminal.
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Mais de uma dezena de ambulâncias foi enviada para o terminal de voos internacionais, indicou a CNN.
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Vários agentes da polícia estabeleceram um perímetro de segurança no local, de acordo com as imagens transmitidas.
Segundo fontes oficiais da Turkish Airlines, os voos foram desviados para outros aeroportos e os passageiros foram encaminhados para hotéis.
A Turquia tem sido palco, desde o ano passado, de uma série de atentados terroristas, atribuídos aos rebeldes curdos e ao grupo jiadista Estado Islâmico.
*com agências