O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que vai responder "com toda a linha diplomática" às sanções impostas segunda-feira pela União Europeia a sete funcionários do seu Governo.
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Segundo Nicolás Maduro, as sanções da UE são uma decisão "absolutamente grosseira, desacertadas" e condenadas pela Venezuela.
"Agarrem-se forte porque vamos responder em toda a linha diplomática, porque a Venezuela não ficará de braços cruzados, nem vamos ficar calados. A Venezuela tem voz clara, forte, valente e nada nem ninguém nos irá calar", declarou.
Nicolás Maduro falava para milhares de simpatizantes, em Caracas, durante um ato evocativo dos 60 anos da queda da ditadura do general Marcos Pérez Jiménez (23 de janeiro de 1958), transmitido pela televisão estatal venezuelana.
A UE aprovou segunda-feira, em Bruxelas, sanções contra sete altos funcionários do Governo do presidente Nicolás Maduro, por alegadas violações dos Direitos Humanos.
Entre os sancionados estão o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maikel Moreno, o ministro do Interior e Justiça, Néstor Reverol e o vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, Diosdado Cabello, tido como o segundo homem mais forte do chavismo, depois de Nicolás Maduro.
As sanções abrangem ainda o diretor do Sebin (serviços secretos), Gustavo Enrique González, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, o procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tarek William Saab, o ex-comandante da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar), António José Benavides.
Segundo a imprensa venezuelana, as sanções contemplam o congelamento de ativos e a proibição, dos sancionados, para entrar em território europeu.
Em novembro de 2017, a UE aprovou uma medida de embargo à venda de armamento e de material que pudesse vir a ser usado pelo Governo venezuelano para "reprimir a população".
Estou à ordem da candidatura presidencial se assim o decidirem
O presidente Nicolás Maduro disponibilizou-se para se candidatar a mais um mandato presidencial, se assim o decidirem as forças políticas do chavismo, nas próximas eleições presidenciais convocadas pela Assembleia Constituinte, que deverão ocorrer até 30 de abril.
"Eu sou um humilde trabalhador, um homem ao serviço do povo (...), estou à ordem da candidatura presidencial se assim o decidirem as forças sociais e políticas da revolução bolivariana", disse.
"Se o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo), o Grande Polo Patriótico, a classe obreira, as mulheres e a juventude acreditarem que devo ser o candidato presidencial dos revolucionários, dos que amamos este país, assim serei", sublinhou.