As Filipinas vivem uma tragédia. Um tufão causou mais de 10 mil mortos só na província de Leyte, mas o número de vítimas da tempestade é, no entanto, muito provisório. O "Haiyan" desloca-se agora para o Vietname, onde mais de 600 mil pessoas já foram deslocadas de suas casas como medida de precaução.
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O Papa Francisco pediu aos católicos que rezem, mas também que enviem uma "ajuda concreta" às centenas de milhares de vítimas do tufão que se abateu sobre as Filipinas. Francisco, que tinha já publicado no sábado um "tweet" de solidariedade para com as vítimas, fez rezar em silêncio os mais de 60 mil fiéis que assistiram, ontem, na Praça de São Pedro à oração do Angelus.
A violenta tempestade poderá ter feito mais de 10 mil mortos e mais de dois mil desaparecidos no país mais católico da Ásia. Entre "70% e 80% das construções e das estruturas situadas na trajetória do tufão foram destruídas", segundo as autoridades.
"A última vez que vi algo parecido foi durante o tsunami no Oceano Índico" que deixou 220 mil mortos em 2004, afirmou o chefe da equipa da ONU encarregada da gestão de desastres que se encontrava em Tacloban, uma das cidades mais castigadas pelo Haiyan. A Polícia estima que 80% da população composta por 220 mil habitantes tenha desaparecido.
Espera-se que a tempestade chegue esta segunda-feira, 24 horas depois do previsto, ao Vietname. "Deslocamos as pessoas de mais de 174 mil casas, o que equivale a mais de 600 mil pessoas", disse um responsável pelo socorro.
Diante da magnitude da catástrofe nas Filipinas - o número de afetados é de cerca de 4,5 milhões de pessoas -, vários países ofereceram ajuda.
A Comissão Europeia e o Governo britânico anunciaram que vão libertar três milhões de euros e 5,9 milhões de euros, respetivamente. Os Estados Unidos, a Austrália e a Nova Zelândia também já se mobilizaram, juntamente com as Nações Unidas.
A Unicef estimou que até quatro milhões de crianças podem ter sido afetadas, nas Filipinas, pelo tufão Haiyan. A organização está a acelerar o envio de provisões de urgência para as zonas mais afetadas. A Unicef alertou ainda para o aumento dos riscos de as crianças caírem em redes de tráfico de menores, lembrando que os mais pequenos necessitam de "espaços seguros e protegidos para brincar e retomar os seus estudos".