Passou de moda? Sim. Parece ameaçado? Não. Duas décadas depois de revolucionar o universo digital, o Facebook ainda é visita obrigatória para milhares de milhões. Mesmo que rápida, como quem toma um café.
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Nasceu entre estudantes, num parto fácil e descontraído. Ainda tímido, espreitou além das paredes de Harvard, entusiasmou o planeta e sofreu as normais "dores de crescimento". Errou, procurou reinventar-se e, agora, a assinalar o 20.º aniversário, é "velho" para alguns, maduro para outros. Às garantias de uma morte anunciada, o Facebook responde com um convite desafiador - "O mundo é seu", diz um dos seus slogans - e com números que não deixam margem para dúvida. Todos os meses, mais de três mil milhões de pessoas navegam ativamente pelos feeds. Partilham, comentam e vivem na primeira plataforma a eternizar o conceito de "rede social".
É por isso que, para Paulo Rossas, "Chief Innovation Officer" da Lisbon Digital School, o Facebook "não está morto nem vai morrer". "Ainda é muito relevante em Portugal", notou, frisando que basta olhar para a interação conseguida por grandes marcas como Worten, Continente, Lidl e Fnac. Apesar de admitir que a rede social possa "cheirar um bocadinho a mofo" a quem a usa unicamente por diversão, considera que não houve um abandono propriamente dito, mas sim uma estreia gradual nas outras redes. "Antigamente só tinha Facebook. Agora, mantenho a minha página, onde discuto temas. Se me quiser inspirar e desligar o cérebro vou ao Instagram. Se quiser ver o meu lado profissional vou ao LinkedIn e, para conteúdos de entretenimento, ao TikTok", resumiu.