A violência no Iraque custou a vida a mais de 15 mil pessoas em 2014, o ano com maior número de mortos no país desde 2007, segundo números revelados esta quinta-feira pelo Governo.
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De acordo com os dados compilados pelos ministérios da Saúde, Interior e Defesa, 15.538 morreram no Iraque em 2014, duas vezes mais do que os 6.522 mortos de 2013.
Os dados indicam ainda que mais de 22 mil pessoas ficaram feridas durante este período marcado por uma grande ofensiva do grupo jiadista Estado Islâmico, que tomou conta de vastas regiões do Iraque.
O país não assistia a um ano tão violento desde 2007, quando o conflito causou a morte a 17.956 pessoas.
Em 2014, os confrontos começaram na província de Al-Anbar, a oeste de Bagdade.
A tomada de Fallujah e de partes de Ramadi, a capital da província de Al-Anbar, foram os sinais que antecederam o assalto maior lançado no início de junho pelos jiadistas do Estado Islâmico.
O Estado Islâmico apoderou-se também de Mossul, a segunda grande cidade do país, e de territórios em cinco províncias iraquianas, antes de seguir em agosto para norte, onde confrontou os combatentes do Curdistão.
As forças iraquianas, apoiadas por uma coligação internacional dirigida pelos Estados Unidos, têm vindo a tentar recuperar o território perdido para os jiadistas.