Novos motins registaram-se em várias cidades inglesas como Birmingham, Manchester e Liverpool enquanto em Londres, onde a violência começou no sábado, a situação permaneceu tranquila. Na capital britânica houve um reforço policial e 16 mil agentes estiveram nas ruas.
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Lojas foram vandalizadas e saqueadas em Manchester e em Liverpool, no norte, e foram incendiados carros e edifícios.
Na região de Manchester, que inclui a cidade vizinha de Salford, foram detidas 108 pessoas durante a noite.
O comissário Garry Shewan questionou a motivação dos grupos de jovens, que acusou de apenas estarem interessados em causar estragos ou roubar. "Foi violência inconsciente e criminalidade inconsciente numa dimensão que eu nunca assisti na minha carreira antes", confessou.
Outros incidentes foram registados em Wolverhampton e West Bromwich, no centro de Inglaterra, e Nottingham, onde uma esquadra de polícia foi incendiada.
Em Birmingham, três homens morreram num atropelamento violento e um suspeito foi detido, embora a polícia não faça relacionamento directo desta ocorrência aos motins.
Porém, a BBC noticiou que as vítimas poderiam estar a sair de uma mesquita local e a participar na defesa do bairro.
Em Londres, onde o número de polícias quase que duplicou de seis mil para 16 mil na noite passada, não se registaram distúrbios como os das três noites anterioes.
O primeiro-ministro britânico, que na segunda-feira antecipou o regresso de férias para lidar com a crise, chefia, esta quarta-feira, uma nova reunião de emergência com as autoridades policiais e civis.
David Cameron prometeu fazer "o que for necessário para restaurar a ordem" e convocou uma sessão extraordinária do Parlamento para quinta-feira.