Confrontos este domingo no Bahrein opuseram a polícia e manifestantes xiitas, que protestavam contra a execução, no sábado, do chefe religioso xiita Nimr al-Nimr na Arábia Saudita.
Corpo do artigo
Os confrontos ocorreram em várias cidades do subúrbio xiita de Manama, onde a polícia usou gás lacrimogéneo e, nalguns casos, balas de chumbo contra manifestantes que lançavam "cocktails Molotov", acrescentaram testemunhas, citadas pela agência AFP.
O xeque Nimr era venerado pela comunidade xiita, maioritária no Bahrein, e os manifestantes exibiam retratos do chefe religioso nas localidades de Jidhafs, Sitra, Duraz e Bilad al-Qadeem.
Os confrontos mais violentos ocorreram em Sitra, a oeste de Manama, onde 400 manifestantes entraram em confronto com a polícia, disseram as mesmas fontes.
Em Duraz, forças de segurança dispararam gás lacrimogéneo contra manifestantes, que bloquearam uma estrada e atiraram pedras contra a polícia, relataram.
No sábado, as autoridades do Bahrein tinham avisado que iriam tomar "todas as medidas legais necessárias" contra os autores de ações "ofensivas ou negativas" sobre a decisão do reino saudita de executar Nimr al-Nimr.
Os agitadores poderiam ser processados por "incitar à rebelião e à ameaça à ordem civil", alertou o Ministério do Interior.
O Bahrein, dirigido por uma dinastia sunita, é palco de distúrbios esporádicos, desde os protestos em massa de 2011 da maioria xiita, que pedia reformas e maior papel político desta comunidade.
O poder no Bahrein demonstrou firmeza extrema contra adversários, mas nega qualquer discriminação contra os xiitas.
Os dissidentes são frequentemente acusados de estarem ligados ao Irão, uma acusação que rejeitam.