A coligação de esquerda obteve, este domingo, na Islândia uma vitória histórica sobre o partido conservador.
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Pela primeira vez, a coligação formada pelo Partido Social-Democrata e pelo movimento Esquerda-Verdes conquistou maioria absoluta de lugares no Parlamento, segundo os resultados definitivos publicados este domingo.
A europeísta Johanna Sigurdardottir, 66 anos, primeira-ministra cessante do governo provisório nomeado em Fevereiro, será reconduzida nas suas funções nos próximos dias.
A sua formação, o Partido Social-Democrata, obteve 20 lugares com cerca de um terço dos votos e o seu aliado 14, ou seja, um total de 34 assentos para a coligação, dos 63 do Parlamento a renovar através desta eleição antecipada.
As urnas castigaram, como previsto, o poderoso Partido da Independência (conservador), que obteve o seu pior resultado desde a independência do país, em 1944, passando agora à oposição após 18 anos no poder.
Considerado responsável pelo desmoronamento do sector bancário no Outono passado, que a ilha à beira da falência, este partido apenas obteve 16 lugares, perdendo nove.
O Partido Cidadão, formação de esquerda procedente dos protestos contra o antigo governo, faz a sua entrada no Parlamento com quatro assentos.
A taxa de participação foi de 85,1 por cento, de acordo com o diário Morgunbladid, contra 83,6 por cento em 2007.
"A nossa hora chegou", declarara sábado à noite a muito popular Johanna Sigurdardottir, sob uma chuva de aplausos.
Também antes da publicação dos resultados finais, o líder do partido conservador, Bjarni Benediktsson, já tinha reconhecido a sua derrota.
"Temos as pessoas (simpatizantes) e políticos para voltar com mais forcça" no próximo acto eleitoral, garantiu Bjardi Benediktsson, também ele fortemente aplaudido por simpatizantes seus.
Cerca de 228 mil eleitores deste país insular, situado a meio do Atlântico do Norte, foram chamados a renovar o Parlamento (Althing) numa votação proporcional a uma única volta.