Von der Leyen começa na segunda-feira a "criar pontes", Schmit pronto para negociar
A candidata do Partido Popular Europeu (PPE) disse este domingo que vai começar na segunda-feira a "criar pontes" para alianças com vista a alcançar uma maioria parlamentar, enquanto o cabeça de lista dos Socialistas se manifestou "pronto para negociar".
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"Somos o partido mais forte, alcançámos uma maioria esmagadora, mas com esta forte maioria que temos vem, naturalmente, a responsabilidade de dar início a todos os passos necessários para construir esta maioria para uma Europa forte e é nisto que vamos começar a trabalhar a partir de amanhã [segunda-feira]", declarou Ursula von der Leyen.
Reagindo no hemiciclo do Parlamento Europeu, em Bruxelas, aos resultados preliminares das eleições europeias que dão vitória sem maioria ao PPE, a presidente da Comissão Europeia e candidata a um segundo mandato vincou: "Não temos tempo a perder, temos de construir as pontes que são necessárias".
Pelo segundo partido mais votado, o cabeça de lista dos Socialistas e Democratas (S&D) ao executivo comunitário, Nicolas Schmit, mostrou-se disponível para "uma forte cooperação com todas as forças democráticas deste parlamento".
"Estabelecemos essa cooperação desde o início e [...] estamos prontos a negociar um acordo para os próximos cinco anos para tornar a Europa mais forte, para tornar a Europa mais democrática, para tornar a Europa mais forte social e economicamente, mas também para a tornar mais segura", adiantou o também comissário europeu do Emprego e dos Direitos Sociais.
O Partido Popular Europeu e os Socialistas continuam a ser os dois partidos mais votados na assembleia europeia, segundo a projeção hoje divulgada em Bruxelas, mas precisam de dialogar com outros grupos, como os liberais, para uma maioria parlamentar.
O Parlamento Europeu é a única instituição da União Europeia eleita por voto direto.
No total, cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da UE foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, entre quinta-feira e hoje, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior. A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo