A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, estão a caminho da capital ucraniana para um encontro com o Presidente Volodymyr Zelensky.
Corpo do artigo
"Ansiosa por estar em Kiev", escreveu von der Leyen na rede social Twitter, numa mensagem acompanhada de uma foto com Borrell e o primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger, numa estação de caminhos-de-ferro ao lado de um comboio com as cores da Ucrânia.
"Vou para Kiev", escreveu o chefe da diplomacia europeia.
O encontro tinha sido confirmado na quinta-feira por um porta-voz de Zelensky que adiantou, na mesma ocasião, que a reunião irá incidir, entre outros aspetos, na discussão do quinto pacote de sanções contra a Rússia que está a ser preparado pelo bloco europeu e que, segundo a proposta da Comissão Europeia, inclui um embargo às importações do carvão russo.
Von der Leyen tinha dito que vai a Kiev para expressar o seu "apoio inabalável" à Ucrânia na sua luta contra a invasão russa.
"Quero enviar uma mensagem de apoio inabalável ao povo ucraniano e à sua corajosa luta pelos nossos valores comuns", disse, na quinta-feira, numa conferência de imprensa em Estocolmo.
Depois do encontro com Zelensky, os dois representantes da UE deverão participar no evento "Stand Up for Ukraine", no sábado, em Varsóvia (Polónia), para angariar fundos para os refugiados da Ucrânia.
A visita de von der Leyen e Borrell surge poucos dias depois da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, se ter deslocado a Kiev, onde esteve com o Presidente ucraniano e o presidente do parlamento do país.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A guerra matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.