A Comissão Europeia quer acabar com a pobreza na UE até 2050, anunciou hoje a presidente, que também apresentou uma estratégia para resolver a crise na habitação e torná-la "mais acessível, sustentável e de melhor qualidade".
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"Vamos apresentar o nosso plano para erradicar a pobreza até 2050", disse Ursula von der Leyen, no Parlamento Europeu (PE), na cidade francesa de Estrasburgo, no âmbito do debate do Estado da União.
A presidente do executivo comunitário disse ter consciência das dificuldades "para tantas famílias", uma vez que "os custos dispararam, as pessoas estão a fazer sacrifícios para chegar ao final do mês", destacando o plano apresentado como "uma questão de justiça social básica".
"Precisamos urgentemente de uma estratégia europeia contra a pobreza que seja ambiciosa", acrescentou, sem avançar quando vai apresentar esta estratégia e também não concretizou o que vai incluir.
Ursula von der Leyen voltou atenções para a crise na habitação e disse que os preços das casas "aumentarem mais de 20% desde 2015". Encontrar uma casa é atualmente "uma fonte de ansiedade" para "muitos europeus", disse.
"Pode significar dívida e incerteza", considerou a presidente do executivo comunitário. "Mais do que uma crise habitacional, é uma crise social que está a desfazer o tecido social europeu, enfraquecendo a coesão", salientou.
Ursula von der Leyen sustentou que a crise na habitação também "ameaça a competitividade" da UE, alegando que "enfermeiros, professores e bombeiros não podem viver onde servem, estudantes estão a abandonar porque não conseguem pagar as rendas e os jovens adiam o objetivo de formar família".
"Por isso, e ainda este ano, depois de receber as vossas contribuições, vamos apresentar o primeiro plano europeu de habitação acessível, para a tornar mais acessível, sustentável e de melhor qualidade", indicou.
A presidente da Comissão Europeia proferiu, em Estrasburgo, o quinto discurso anual sobre o Estado da União e o primeiro do novo mandato, quando enfrenta críticas relacionadas com a postura passiva sobre Gaza e desequilíbrio no acordo com os Estados Unidos.