Von der Leyen rejeita acordo que limite Forças Armadas e impeça paz duradoura na Ucrânia

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia
Foto: Ronald Wittek / EPA
A presidente da Comissão Europeia advogou esta quarta-feira que um eventual acordo de paz na Ucrânia tem de começar por garantir que é uma paz "justa e duradoura" e rejeitou quaisquer imposições às Forças Armadas ucranianas.
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Durante um debate no Parlamento Europeu (PE), em Estrasburgo, em França, Ursula von der Leyen apresentou um conjunto de prioridades da União Europeia (UE), que o bloco comunitário considerou que estavam ausentes da proposta apresentada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
"A primeira: qualquer acordo tem de assegurar uma paz que seja justa e duradoura, tem de assegurar uma segurança real para a Ucrânia, como um país soberano, e para a Europa, sem limitações impostas às Forças Armadas da Ucrânia que deixem o país vulnerável a futuros ataques", disse Ursula von der Leyen perante os eurodeputados.
A presidente da Comissão Europeia insistiu no princípio para a paz que tem regido o apoio da UE desde 24 de fevereiro de 2022: "nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia".
"A segurança da Ucrânia é a segurança da Europa, por isso, a Ucrânia precisa de garantias de segurança robustas, a longo prazo e credíveis, como parte de um pacote para dissuadir e impedir quaisquer intervenções futuras da Rússia", completou a presidente do executivo comunitário.
Criticando a "pensamento da Rússia, que não mudou", Ursula von der Leyen defendeu que não pode ser o Kremlin a "desenhar de maneira unilateral um país europeu soberano", a propósito da parte da proposta de plano de paz que contemplava na versão inicial a cedência do território ucraniano ocupado pela Rússia.
Como última prioridade, Ursula von der Leyen voltou a fazer o apelo para que haja pressão internacional para fazer regressar as crianças ucranianas sequestradas pela Rússia nos territórios anexados.
