Os Estados Unidos denunciaram formalmente "a detenção arbitrária" de Evan Gershkovich, um jornalista norte-americano acusado na Rússia de espionagem, e pediram a sua "libertação imediata".
Corpo do artigo
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, "determinou que Evan Gershkovich está detido de forma arbitrária pela Rússia", de acordo com um comunicado do porta-voz do departamento, Vedant Patel.
"O jornalismo não é um crime. Condenamos a repressão contínua pelo Kremlin das vozes independentes na Rússia e a sua guerra contra a verdade", refere o comunicado, precisando que a administração norte-americana dará "todo o apoio necessário" ao jornalista do "Wall Street Journal" e aos familiares.
Esta qualificação de "detenção arbitrária", que era esperada há vários dias, desencadeia uma série de procedimentos na administração norte-americana e permite, em particular, que as autoridades troquem informações com a família do jornalista.
Anteriormente, o porta-voz tinha indicado que as autoridades russas notificaram os Estados Unidos da detenção do jornalista, mas continuaram a recusar o acesso consular.
O jornalista norte-americano Evan Gershkovich, que trabalhou para a agência AFP, foi detido na Rússia em finais de março. Na quinta-feira foi formalmente acusado de espionagem, acusação que ele e o "Wall Street Journal", para o qual trabalhava agora, rejeitaram veementemente.
O jornalista foi detido pelos serviços de segurança russos quando estava em reportagem em Yekaterinburg, nos Urais. As autoridades acusam-no de recolher informações sobre a indústria de defesa russa.