Washington prevê que Rússia não alcance "ganhos militares significativos" em 2023
O Exército russo não vai provavelmente registar "ganhos significativos" na Ucrânia em 2023, disse esta quarta-feira Avril Haines, diretora do Serviço de inteligência nacional (DNI) dos Estados Unidos perante uma comissão do Senado.
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Os russos pretendem infligir "elevados níveis de perdas" e o presidente Vladimir Putin "compreende provavelmente melhor os limites do que o seu Exército é capaz de realizar", declarou, para acrescentar que parece focalizar-se de momento "em objetivos militares mais modestos".
"Não prevemos que este ano o Exército russo se restabeleça de forma suficiente para realizar ganhos territoriais de envergadura, mas Putin calcula provavelmente que o tempo joga a seu favor", acrescentou perante a Comissão de Informações do Senado no decurso de uma audição sobre as "ameaças mundiais".
Na sua perspetiva, o presidente russo pensa provavelmente que prolongar a guerra, com uma pausa nos combates, "poderá ser a melhor opção que lhe resta para proteger os interesses estratégicos da Rússia na Ucrânia, mesmo que [esse objetivo] se prolongue por anos".
"Caso a Rússia não decrete uma mobilização obrigatória, e não identifique importantes fornecimentos em munições provenientes de uma terceira parte, será cada vez mais difícil que mantenha o atual nível de operações ofensivas no decurso dos próximos meses", considerou Haines.
Em consequência, e na sua perspetiva, as forças russas "poderão optar definitivamente pela defesa dos territórios que atualmente ocupam".