Taiwan ainda e sempre a fazer subir todas as tensões entre Washington e Pequim.
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Nem 24 horas após ter recebido alta médica e atestado de recuperação da covid-19, o presidente dos Estados Unidos voltou ao trabalho, telefonou ao homólogo chinês, por causa das tensões em torno de Taiwan, e apanhou em cheio com a agressividade de Pequim. Segundo a agência XinHua, o líder chinês, Xi Jinping, advertiu Joe Biden: "Não brinque com o fogo!".
Não lhe bastassem os problemas internos, Biden, de 79 anos, tem de lidar com um mundo agitado, desde logo pela guerra na Ucrânia, e agora, cada vez mais, pelas ameaças veladas da China a Taiwan, o que esteve no centro do diálogo de mais de duas horas que o inquilino da Casa Branca manteve com o homólogo chinês.
O de quinta-feira foi o quinto contacto telefónico para Pequim desde que o democrata foi eleito, há ano e meio. Como nas últimas ocasiões, a guerra comercial entre os Estados Unidos e o Império do Meio foi um dos temas centrais da conversa, a par de outro que causa as maiores tensões entre os dois países. Isto porque Pequim reclama a ilha e porque Washington promete apoio militar a Taipé em caso de ataque chinês.
Recessão técnica
Internamente, Biden apanha com o desfavor de todas as estatísticas, que revelam o nível mais alto da inflação nas últimas quatro décadas e que o país recuou 0,9% entre abril e junho, registando uma queda no PIB pelo segundo trimestre consecutivo.
Os dados divulgados pelo Departamento do Comércio indicam que a primeira economia mundial estaria a entrar em recessão técnica, que é definida por dois trimestres consecutivos de crescimento negativo.