A Rússia está a enviar "um grande número" de soldados na reserva para Severodonetsk, com o objetivo de tomar definitivamente a cidade do leste ucraniano. Volodymyr Zelensky visitou Mykolaiv pela primeira vez desde o início da guerra, a 24 de fevereiro. Os principais pontos-chave do 115.º dia de conflito.
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- A televisão estatal russa divulgou, na sexta-feira, um vídeo de dois militares veteranos dos EUA que desapareceram na semana passada enquanto combatiam na Ucrânia, confirmando os receios da sua captura por Moscovo, noticiou a agência Associated Press (AP).
- As forças aliadas do exército russo informaram que ainda não foi alcançado um acordo para evacuar a fábrica de produtos químicos Azot, na cidade de Severodonetsk, um bastião das forças ucranianas que defendem a cidade. "Ainda não há acordo sobre a abertura de um corredor humanitário de Azot para que civis e militares deponham as armas", disse Rodion Miroshnik, embaixador na Rússia da autoproclamada República Popular de Lugansk.
- Os 77 mineiros que ficaram presos numa mina de carvão em Donetsk depois de a energia ter sido cortada foram resgatados sem que haja registo de feridos. A Rússia culpou a Ucrânia pelo incidente, acusando-a de lançar ataques na região leste.
- O chefe da delegação ucraniana nas negociações de paz com a Rússia, David Arajamia, apontou a possibilidade de retomar as conversações no final de agosto, assim que Kiev conseguir reforçar a sua posição com uma série de contraofensivas.
- O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu este sábado que a Ucrânia pode e deve acolher o Festival Eurovisão da Canção de 2023, depois de a organização ter avançado, ontem, que o país não reunia as condições necessárias à realização do evento. Noutro momento, Boris alertou para o perigo da "fadiga da guerra". "Preocupa-nos que esteja a instalar-se um pouco de cansaço em torno da Ucrânia, mas temos que entender que as pessoas estão a sofrer terrivelmente no Leste do seu país", frisou, em declarações à Sky News.
- O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky visitou, na sexta-feira, a cidade de Mykolaiv, no sul, pela primeira vez desde a invasão russa, numa rara viagem fora de Kiev. "A Ucrânia definitivamente vencerá", assegurou, destacando a coragem dos "bravos homens" que, no início de março, expulsaram os russos dos arredores da cidade.
- As autoridades ucranianas anunciaram que a Rússia perdeu 33.350 soldados e 3573 veículos blindados desde o início da guerra. Outros equipamentos militares destruídos incluem 180 helicópteros, 1465 tanques e 216 aeronaves.
- A Rússia afirmou ter usado armas aéreas e terrestres de alta precisão para destruir refinarias de petróleo e depósitos de armazenamento de combustível em Kremenchuk e Lysychansk, na região do Donbass.
- O governador de Lugansk, Serhiy Haidai, afirmou este sábado que a Rússia está a enviar um grande número de soldados para Severodonetsk, numa tentativa derradeira de controlar a cidade estratégica do leste ucraniano. "Hoje, amanhã ou depois de amanhã eles vão usar todas as reservas que têm", afirmou.
- O Governo ucraniano partilhou no Twitter uma fotografia de parte dos 300 civis que terão sido mantidos em cativeiro pelas forças russas, durante 26 dias, numa cave em Yahidne, na região de Chernihiv.
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