O presidente ucraniano exortou esta quinta-feira a Europa a provar que pode defender-se, no início da cimeira dos aliados de Kiev, reunidos em Paris, na ausência dos Estados Unidos, para discutir garantias de segurança e possível acordo de paz.
Corpo do artigo
“A Europa pode defender-se. Precisamos de o provar”, escreveu Volodymyr Zelensky nas redes sociais, acompanhando a sua mensagem com uma fotografia de família dos líderes presentes em Paris.
Cerca de 30 países – a chamada “coligação dos dispostos” - iniciaram hoje, em Paris, as discussões finais sobre “garantias de segurança” para a Ucrânia, incluindo uma possível mobilização militar europeia, como parte de um futuro acordo de paz com a Rússia.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, convocou os líderes de quase 30 países aliados da Ucrânia a Paris para uma nova cimeira que visa finalizar as garantias de segurança a fornecer a Kiev no caso de um acordo de paz com a Rússia.
Além do seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, que já foi recebido no Palácio do Eliseu na noite de quarta-feira, onde recebeu a promessa de uma nova ajuda militar francesa de dois mil milhões de euros, Emmanuel Macron recebe, entre outros, os primeiro-ministros português, Luís Montenegro, britânico, Keir Starmer, italiana, Giorgia Meloni, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o vice-presidente turco Cevdet Yilmaz.
O chefe da NATO, Mark Rutte, também é esperado, assim como outros líderes da União Europeia.
Depois de uma série de reuniões políticas e militares organizadas sucessivamente desde meados de fevereiro por Paris e Londres, chegou o momento de “tirar conclusões operacionais”, explicou a presidência francesa.
A dupla franco-britânica está a liderar o processo paralelo de negociações iniciadas pelos Estados Unidos de Donald Trump com Kiev, de um lado, e Moscovo, do outro, para pôr fim à guerra três anos após a invasão russa da Ucrânia.
Na terça-feira, após negociações na Arábia Saudita mediadas por Washington, foi anunciado um acordo, sujeito a condições, para uma trégua no Mar Negro e uma moratória sobre ataques contra instalações energéticas.
Mas, desde quarta-feira, as autoridades russas e ucranianas acusam-se mutuamente de quererem perturbar este acordo inicial, com Moscovo a acusar Kiev de ter lançado operações contra instalações energéticas.