O presidente da Ucrânia reivindicou, esta segunda-feira, avanços alcançados pelo Exército ucraniano nas zonas da frente em que as tropas de Kiev conseguiram recuperar a iniciativa e realizar contra-ataques e pediu mais apoio para defesa aérea.
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"Os nossos resultados são possíveis porque já não temos o grande défice em armamento convencional que tínhamos antes", afirmou Volodymyr Zelensky, num discurso por videoconferência perante a Assembleia Parlamentar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), reunida na Eslovénia.
Sem adiantar pormenores, Zelensky acrescentou que a Ucrânia está a aumentar a produção de armamento para suprir as carências que ainda persistem nas suas Forças Armadas.
No fim de semana, Zelensky afirmou que o Exército ucraniano conseguiu avançar três quilómetros nas proximidades da localidade de Orikhiv, na frente de Zaporijia.
Anteriormente, o chefe do Exército ucraniano tinha informado da recuperação, nas últimas semanas, de cerca de 180 quilómetros quadrados pelas tropas ucranianas no sector de Dobropilia, na região de Donetsk.
Zelensky apelou ainda aos deputados dos países aliados presentes na reunião da Assembleia Parlamentar da NATO que trabalhem para convencer os respetivos governos a manter o apoio à Ucrânia com a maior rapidez possível, de forma a que Kiev possa enfrentar a atual campanha de bombardeamentos russos contra o sistema energético ucraniano.
Nesse sentido, aproveitou para agradecer aos países que já disponibilizaram fundos para que a Ucrânia possa adquirir aos Estados Unidos mísseis antiaéreos "Patriot" e outros tipos de armamento que a administração do presidente Donald Trump está disposta a transferir para Kiev, desde que os países europeus assumam os custos.
O presidente ucraniano sublinhou a importância de os fundos prometidos para a compra de mais armamento aos Estados Unidos, e ainda não entregues por alguns países, chegarem com urgência.
Zelensky apelou também a mais governos para que se juntem à iniciativa de aquisição de material militar a empresas norte-americanas.
"Os sistemas "Patriot", "NASAMS", "SAMP/T" e outros são absolutamente vitais", afirmou Zelensky, referindo-se a estas tecnologias de defesa antiaérea que Kiev necessita para intercetar os mísseis russos que destroem centrais elétricas e infraestruturas de gás.