A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, deixará a instituição em janeiro para regressar ao departamento de economia da Universidade de Harvard, revelou, esta quarta-feira, o FMI em comunicado.
"A Universidade de Harvard estendeu a licença de Gopinath por um ano de forma excepcional, o que permitiu que ela ocupasse o cargo de economista-chefe do FMI por três anos", explicou o FMI.
A diretora do FMI, Kristalina Georgieva, disse que a "contribuição" de Gita Gopinath foi "notável", nomeadamente na superação da "pior crise económica desde a Grande Depressão" "O seu impacto no trabalho do FMI foi enorme", acrescentou Georgieva, citada no comunicado do Fundo.
Natural da Índia e formada nos EUA, onde adquiriu a cidadania norte-americana, Gita Gopinath, de 49 anos, fez história tornando-se a primeira economista-chefe do Fundo. Gita Gopinath é co-autora do relatório "Pandemic Paper" sobre como acabar com a pandemia de Covid-19 estabelecendo metas de vacinação à escala global, lembra o FMI.
"Este trabalho levou ao estabelecimento da Força-Tarefa Multilateral composta pelos líderes do FMI, Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio e Organização Mundial de Saúde para ajudar a acabar com a pandemia e ao estabelecimento de um trabalho com os fabricantes de vacinas para identificar barreiras comerciais, estrangulamentos e acelerar a disponibilização de vacinas a países de rendimento baixo e média-baixo", explicou.
Gita Gopinath também contribuiu para o estabelecimento de uma equipa sobre mudanças climáticas dentro do FMI, com o objetivo de analisar "políticas ótimas para a mitigação das mudanças climáticas".
A busca pelo seu sucessor "vai começar em breve", indicou ainda o FMI.