O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, disse que o tio Juan José Márquez desapareceu na terça-feira, depois de ter sido intercetado pelas autoridades aduaneiras, na chegada a Caracas.
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O Centro de Comunicação Nacional (CNC), que funciona como gabinete de imprensa do autoproclamado presidente interino da Venezuela, denunciou o desaparecimento de Juan José Márquez, que acompanhava o líder opositor, seu sobrinho, na chegada ao país, na terça-feira. Na ocasião, Guaidó foi agredido por presumíveis simpatizantes de Maduro.
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"Denunciamos o desaparecimento de Juan José Márquez, tio do presidente Guaidó, que acompanhava o mandatário no avião no momento da chegada à Venezuela", escreveu o órgão no Twitter. "Depois de passar normalmente pela zona de migrações e, estando prestes a sair, Márquez foi retido para uma alegada revista do Serviço Nacional Integrado de Administração Aduaneira e Tributária da Venezuela. Aproveitando o caos no aeroporto provocado pela violência da ditadura, retiveram o senhor Márquez, enquanto o presidente saía", pode ler-se noutra mensagem.
O gabinete responsabiliza o presidente Nicolás Maduro e o diretor de segurança do Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetía, pela "integridade física" de Márquez, exigindo a sua libertação.
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Guaidó, que chegou a Caracas vindo de uma viagem iniciada a 19 de janeiro na Colômbia, visitou o Reino Unido, a Suíça, Espanha, Canadá, França e Estados Unidos, para manter encontros com vários governantes, incluindo com o presidente norte-americano. A crise venezuelana agravou-se em janeiro de 2019, quando Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela para convocar um governo de transição e eleições livres no país. Os EUA foram o primeiro de mais de 50 países a apoiar Juan Guaidó, tal como Portugal, uma posição tomada no âmbito da UE.