O procurador responsável pelas investigações sobre o homicídio de quatro pessoas nos Alpes franceses a 5 de setembro destacou três "pistas essenciais" que estão a ser investigadas: "A profissão, a família, o Iraque", disse o procurador.
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"Não existem atualmente suspeitos, existem pistas. Há três pistas possíveis: a profissão, a família, o Iraque", disse Eric Maillaud em conferência de imprensa.
"Existe a pista do conflito familiar entre os dois irmãos", o pai de família Saad al-Hilli e o seu irmão Zaid, "que envolve dinheiro ou herança, não sabemos exatamente", disse.
"Existem elementos relacionados com este conflito financeiro (...) e cuja existência é negada pelo irmão que vive no Reino Unido", que assegurou "entender-se bem" com Saad al-Hilli, acrescentou.
No âmbito da investigação britânica, supervisionada pela polícia francesa, Zaid al-Hilli foi interrogado durante quatro dias, na qualidade de testemunha livre, uma audição que foi interrompida esta quarta-feira, disseram fontes ligadas ao processo citadas pela agência noticiosa AFP.
"Temos a pista da profissão de engenheiro de Al-Hilli e temos a pista do Iraque, as suas origens", acrescentou o procurador.
Saad al-Hilli, de 50 anos, um britânico de origem iraquiana, trabalhava para uma sociedade britânica de satélites, filial da Astrium. Entre os clientes desta sociedade, onde a vítima trabalhava há dois anos como engenheiro contratado, inclui-se a Agência Espacial Europeia (ESA) e a NASA norte-americana.
A matança num parque florestal, perto de lago de Annecy, causou quatro mortos, cada um atingido por duas balas na cabeça: o pai de família, a mulher Iqbal, de 47 anos, a mãe da mulher, de nacionalidade sueca, e um ciclista francês, encontrado morto perto do veículo, onde foram detetados os três cadáveres.
Duas filhas do casal sobreviveram ao massacre.