Uma brigada naval das Forças Armadas ucranianas comunicou, esta segunda-feira, estar-se a preparar para uma "batalha final" no porto no sudeste de Mariupol, que tem estado cercado pelas forças russas há mais de 40 dias. Mas a Autarquia diz que a conta de Facebook onde a mensagem foi veiculada foi pirateada e o general que lidera a resistência garante que a luta pela vitória continua.
"Hoje será, provavelmente, a batalha final porque as nossas munições estão a esgotar-se", lia-se numa mensagem postada no Facebook da 36.ª brigada da Marinha Nacional, que integra as Forças Armadas ucranianas, citada pela agência France-Presse (AFP).
"Será a morte para alguns de nós e o cativeiro para outros", acrescentava a publicação, em que os militares faziam saber que lutavam "sem munições, sem comida e sem água" há mais de um mês e se queixavam da falta de ajuda do comando do Exército e do presidente Zelensky, acusando o Governo de não ter cumprido promessas.
Mas, segundo Petro Andryushchenko, assessor do presidente da Câmara de Mariupol, citado pela agência Reuters, a declaração em causa, que acrescentava que cerca de "metade" dos membros da brigada estavam feridos, era falsa. De acordo com o responsável, a conta da brigada foi acedida indevidamente por terceiros.
O comandante-chefe militar da Ucrânia, o general Valeriy Zaluzhnyi, insistiu que os militares ucranianos em Mariupol ainda estão a resistir aos avanços russos. "Estamos a fazer o possível e o impossível pela vitória e pela preservação das vidas de combatentes e civis em todas as direções", disse Zaluzhniy, também citado pela Reuters.