Um carro atingiu várias pessoas na cidade norte-americana de Charlottesville, após uma marcha supremacista branca. Há um morto e vários feridos.
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Num vídeo amador divulgado nas redes sociais é visível um carro a entrar a grande velocidade numa rua onde estão muitos manifestantes anti-racismo. O veículo atinge várias pessoas e bate de forma violenta na parte traseira de um outro veículo. Faz depois uma manobra em sentido inverso para fugir, atingindo novamente as pessoas.
O presidente da Câmara de Charlottesville, Mike Signer, lamentou, no Twitter, a existência de um morto e apelou à população para ir para casa. A vítima, uma mulher de 32 anos, atravessava a rua quando o veículo chocou contra a multidão. Há ainda cerca de três dezenas de feridos.
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Um repórter da agência noticiosa americana Associated Press relatou que viu pelo menos uma pessoa deitada no chão a receber assistência médica imediatamente após o incidente, que ocorreu cerca de duas horas após os confrontos violentos que envolveram apoiantes de um protesto nacionalista, organizado no centro daquela cidade do Estado da Virginia, e pessoas que contestavam essa mesma manifestação.
Uma jornalista da agência francesa AFP, que também está em Charlottesville, adiantou que viu vários feridos deitados no chão, várias pessoas a gritar, ambulâncias e veículos de bombeiros no local do incidente.
Estávamos a andar na rua quando um carro veio na nossa direção e bateu contra todos
"Estávamos a andar na rua quando um carro, um veículo preto ou cinzento, veio na nossa direção e bateu contra todos. Depois recuou e voltou a atingir-nos", relatou à AFP uma testemunha.
"Uma rapariga no chão foi mutilada. Foi propositado, recuaram propositadamente", acrescentou a mesma testemunha.
O governador da Virginia declarou o estado de emergência em resposta a este protesto nacionalista e, através da sua conta na rede social Twitter, disse que tomou esta decisão para "ajudar o Estado a responder à violência" na marcha de Charlottesville, a cerca de 160 quilómetros de Washington.
O bloguer de direita Jason Kessler planeou aquilo a que chamou "marcha pró-branca" para contestar a decisão de Charlottesville de remover a estátua do general Robert E. Lee de um parque no centro da cidade.
Já na sexta-feira à noite tinha havido confrontos quando centenas de brancos nacionalistas marcharam no "campus" da Universidade da Virgínia com tochas.