Um ex-polícia russo, já condenado por ter matado 22 mulheres, compareceu, esta quarta-feira, no tribunal para responder por mais 59 homicídios.
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Mikhail Popkov, de 53 anos, já foi condenado a prisão perpétua por violar e matar 22 mulheres, depois de as atrair para o seu carro da polícia, na cidade de Angarsk, na Sibéria.
Um novo julgamento, cuja primeira audiência foi realizada esta quarta-feira à porta fechada, deve determinar se Popkov é culpado de outros 59 homicídios.
Mikhail Popkov - conhecido como "o maníaco de Angarsk", e que deixou a polícia em 1998 - abandonava as vítimas em florestas, em cemitérios ou na beira de estradas.
Duas mulheres sobreviveram aos ataques de Mikhail Popkov, apesar de ferimentos graves.
O ex-polícia atraia mulheres que estavam alcoolizadas ou ainda aquelas que considerava que levavam uma "vida imoral", matando-as com a ajuda de um machado e um martelo.
Os investigadores identificaram o assassino em 2012, depois de realizarem análises de ADN a habitantes da região que possuíam um carro que combinava com os traços dos pneus deixados nos locais dos crimes.
Se for condenado por este total de 81 assassínios, que ocorreram entre 1992 e 2010, Mikhail Popkov vencerá o triste registo dos outros dois homicidas em série mais famosos da Rússia, Andrei Tchikatilo, executado em 1994 pelas mortes de 53 adolescentes e crianças, e Alexander Pichushkin, condenado em 2007 a prisão perpétua pelos assassínios de 48 pessoas.